Imperative Music Complilation - Volume XI
19 Faixas - Imperative Music - 2015

    No princípio de 2015, Gilson Rodrigues de Arruda disponibilizou o novo volume da Imperative Music Compilation trazendo o seu giro mundial pelo underground do Heavy Metal, com com ênfase no Brasil. A produção é assinada por Gilson Rodrigues de Arruda e a masterização foi realizada no Recording Studio nos Estados Unidos e a sombria capa é de Mironized na Grécia.

    A escolha das dezenove bandas que compõem as faixas se baseou desta vez apenas na galera mais extrema, ou seja, nada de estilos mais calmos, neste novo volume é porrada atrás de porrada, inclusive o cd é dedicado à memória de Chuck Schuldiner, vocalista do Death.

    O Mixed Metal Styles dos cariocas do Tellus Terror gravado em Endtime Panorama abre com toda sua fúria e muita técnica este Volume IX e se quer saber mais detalhes desta banda carioca te recomendo ler a resenha neste link do cd Ez Life DV8 que está publicada no Rock On Stage.

    Da Suíça temos o Darkside, que apresenta I Am Here, um Death Metal totalmente feroz, que é tocado com uma boa velocidade pelo quarteto, além de uma expressiva técnica instrumental e muitos urros. A terceira é o que podemos chamar de "joia da coroa" deste cd, pois, Born Dead do álbum Leprosy de 1988 do  Death ( foto ao lado ) é simplesmente um clássico do Metal Extremo, que presta uma homenagem a Chuck Schuldiner, que nesta época já demonstrava quão pesada e extrema podia ser uma banda de Metal.

    Em comparação com o volume anterior ( leia resenha ), este novo lançamento está deveras mais brutal e isto prossegue no som dos brasileiros do Eternal Putrefaction com a sinistra Room Of Doom, que é mais um Death Metal lotado de vocais guturais e muito peso, com seus caminhos guiados pelo solos de guitarra. Ainda com linhas bastante agressivas temos Irrelevant, um New Metal 'a la' Slipkont, porém, com trechos que passam pelo Heavy e o Blues em um estilo cadenciado e com vocalizações sempre intensas, que marcam a participação dos gaúchos do Southern.

    E a devastação sonora completa continua com It, dos americanos do Cretin, que mandam uma música agressiva e bastante acelerada. Com um misto de linhas árabes e um peso forte nas guitarras, o Devilment nova banda de Dani Filth ( do Cradle Of Filth, foto ao lado ) ataca com Mother Kali o seu Black/Death Metal Melódico, que é dotado de ótimas viradas em seu andamento, que mesmo possuindo vocais agressivos é bastante envolvente.

    Dotado de um estilo mais moderno, o holandês Robby Valentine ( foto ao lado ) nos traz Schizophinicated, um Heavy Rock ( aliás, o único do cd ) bastante cativante por sua pegada de guitarra e vocais, que passam uma bela dosagem de energia em seus minutos. Para Lose Control, os suíços do Blasted mostram que tomaram da fonte do Death Metal, pois, sua contribuição para este Imperative Music Compilation é mais cadenciada e possui bons vocais agressivos, que por conterem uma certa similaridade ao Black Label Society deixa esta música mais interessante.

   Com um início instrumental bem trabalhado e com vocais devidamente agressivos, o Thrash Metal dos gaúchos do Inheritours é exposto com Nothing Remains levando à banda ser uma grata e ótima surpresa do cd, especialmente para fãs de Sepultura. Apresentando mais velocidade, linhas cruas e vocais urrados, os japoneses do Faintest Hope participam com Before Night Falls, que é um Death Metal dos mais violentos registrados nesta compilação.

    É neste volume Gilson Rodrigues de Arruda decidiu colocar somente bandas extremas, nada de Gothic Metal, Hard Rock ou Prog Metal, como tínhamos nos volumes anteriores e os brasileiros de Sorocaba/SP do Hammathaz ( foto ao lado ) não destoaram da proposta com a colérica The Old Ways, que denotam alguns elementos mais voltados ao Metalcore. Da Alemanha temos o Bitter Piece, que crava no cd a aniquilação presente em The Curtain Is Closed, um Death Metal raivoso, que é ostentado nos riffs de guitarra e pelos contundentes vocais que não dão descanso nenhum ao ouvinte.

    Em seguida, hora da voraz My Hands In Blood dos brasileiros do Hecatomic, que mostram um Death/Black Metal urrado com muita raiva em cada um de seus versos em um andamento mais cadenciado e carregado, que possui também alguns momentos mais acelerados para sair bangueando.  Prosseguindo no mesmo nível de violência, a Infernal Plague dos paulistas do Infinity Horror marcam com seu destruidor e praticamente vomitado Grind/Death Metal a décima quinta faixa deste Imperative Music Compilation Volume IX.

    Aos dedilhados bastante sombrios temos The Ancient Ages Of Making, que traz o Death Metal dos brasileiros do Land Of Tears ( foto ao lado ), que exibem competência, pois, souberam como conduzir com firmeza sua contribuição nesta coletânea, que empolgam em seu ritmo, que fica cada vez mais ofensivo. Conhecida dos leitores(as) do Rock On Stage, os cariocas do Agressor marca sua participação com o vigoroso Thrash Metal de Stupid Pleasure, faixa do álbum Demise Of Life, que convido você ler sua resenha clicando aqui.

    Da África do Sul temos o massacre de linhas cadenciadas e guturais violentos que é promovido pelo The Fallen Prophets, uma horda Brutal Death Metal que executa a destruidora Obligated To Die e prova como o Metal é sem fronteiras mesmo. Para terminar o cd temos do nordeste brasileiro ( precisamente do Ceará ) Pantáculo Místico com a macabra 666+777 A União do Treze, que é um Doom Metal Melódico cantado em português.

     Para os fãs do Metal Extremo em suas subvertentes, este Volume IX da Imperative Music Compilation é o mais pesado da série e um detalhe importante, a mixagem ficou muito bem feita e praticamente não se percebe alguma diferença entre uma banda e outra neste quesito. Excluindo-se obviamente o Death por motivos óbvios e o Devilment por se tratar de uma banda que terá um apelo maior, para mim os maiores destaques são Southern, o Putrefaction, o Hammathaz, o Inheritours, o Faintest Hope, o Agressor e o Tellus Terror, sendo que algumas delas já contam com seus cd´s completos lançados, então meu caro leitor(a), é correr atrás destes nomes que estão trilhando o caminho da escuridão do Underground, mas que devem conseguirem mais sucesso brevemente.
Nota: 8,5.

Sites: http://imperativemusicagency.blogspot.com.br/, https://www.facebook.com/imperativemusic
e imperativemusicagency@gmail.com.

Por Fernando R. R. Júnior
Julho/2015

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