Tony Babalu - Live Sessions II
6 Faixas - Amellis Records - 2017

    Tony Babalu, um dos mais importantes gênios da guitarra brasileira, que já tocou com o lendário Made In Brazil por diversas vezes ( onde registrou alguns dos principais da banda paulistana ) iniciou em 2014 o projeto Live Sessions At Mosh, que rendeu um fabuloso cd com este nome ( leia resenha ). Em 2017 foi disponibilizado a segunda parte do trabalho, que recebeu o singelo título de Live Sessions II com mais seis estupendas composições, que foram gravadas analogicamente no mesmo Mosh Studios em São Paulo/SP nos dias 28, 29 e 30 de dezembro de 2016 por Tony Babalu na guitarra, Adriano Augusto nos teclados, Leandro Gusman no baixo e Pércio Sapia na bateria.

    A mixagem é assinada por Sidnei Garcia, a masterização foi realizada por Walter Lima e sua capa, que mostra a parte superior da guitarra Fender Statrocaster de Tony Babalu é da Marina Abramowicz, que entrega um pouco do que ouviremos no cd: músicas enfatizadas nas seis cordas com a tranquilidade e habilidade que Tony Babalu acumula em quase cinco décadas de carreira.

    A suave Valentina é a terceira do cd e aqui o músico nos mostra uma balada linda, viajante e relaxante, sempre com sua notória habilidade, que somada com as atuações dos outros três músicos, somos expostos à uma deliciosa composição, inclusive o seu título, Valentina, é uma homenagem à criança Valentina Abdo, que esteve presente no Studio Mosh durante as gravações e certamente serviu de inspiração para Tony Babalu criar esta música, que leva nossa mente para um outro lugar, um que é bastante pacífico.

    Com as marcações no piano feitas por Adriano Augusto em uma linha em que a Fender Stratocaster tocada por Tony Babalu flerta com ritmos Latinos, aliás, isto está intrínseco no seu nome, pois, Veia Latina exibe muito suingue e abre espaço para toques mais variados do baterista Pércio Sapia e também a solos do tecladista citado nas linhas acima.

    No decorrer de Veia Latina, Tony Babalu 'chama' a responsabilidade para si e entrega formidáveis solos nos convidado para uma nova viagem, que conta com solos de teclados no formato de um órgão Hammond feitos por Adriano Augusto. Espertos que são, o quarteto conduz a música a consideráveis crescimentos, que a tornam muito mais interessante e deliciosa de se ouvir, especialmente para quem aprecia Carlos Santana. Aliás, o que Tony Babalu realiza aqui é simplesmente magnífico.

    Mais uma vez Tony Babalu nos coloca diante de um soberbo álbum instrumental, onde toda sua caprichosa sabedoria acumulada em todos estes anos nas seis cordas não são diretamente o ponto principal deste Live Sessions II, pois, nas seis músicas que compõem o cd sente-se que a preocupação foi de deixar elas caminharem e seguirem seu curso em total liberdade independentemente se quem está em evidência é o guitarrista ou um dos outros músicos de sua banda, sendo todas as partes realizadas de forma consideravelmente agradáveis.

    Em suma, mais um grandioso álbum de Tony Babalu em que recomendo muitas audições sensoriais através de sua harmonia ( quem curte Rock Progressivo vai entender este conceito ).
Nota: 10,0.