Fast Evil - The Midnight Force
9 Faixas - Classic Metal Records - 2019

    Diretamente da capital do Piauí, Teresina, nasceu em 2016 a banda de Speed Metal Fast Evil formada por Lucas Mesquita nos vocais, Diego Dourado na guitarra, Marcos Andrade no baixo e Luis Neto na bateria. Inspirados por nomes como Exciter, Overkill e Nuclear Assualt, o quarteto disponibilizou o EP Wake Up The Devil já em 2017 e com o importante apoio do selo Classic Metal Records lançou em 2019 o The Midnight Force, que é o seu debut gravado no Orange Studios por Mike Soares.

    Na capa temos um demônio saindo da cova em um cemitério lembrando dos desenhos típicos dos anos 80, como de uma certa banda inglesa cujo mascote tem o nome de Eddie, isso te remete a um nome específico caro leitor(a)?; sendo que esta aqui é da artista paulista Sue Satania. No encarte, além das letras das músicas, encontramos também várias fotos dos músicos da banda valorizando muito o formato físico.

    A abertura de The Midnight Force acontece com a instrumental The Arrival com seu clima de terror cinematográfico nos teclados nos preparando para a eclosão do seu Speed Metal com a inspirada e galopante Hell Boss, que através de seus solos de guitarra alçam a sua contagiante eletricidade até nós, que é vocalizada com muita empolgação por Lucas Mesquita salientando o Heavy Metal em sua letra transformando a atmosfera da canção em um puramente ambiente oitentista. Com uma aceleração e uma potência inerente ao Motörhead, porém, com vocais agudos em um ritmo simplesmente matador e que vai te capturar logo de cara, Japanese Killer é a terceira do cd, que até aqui já agradou bastante. E afirmo, o refrão de Japanese Killer atingirá em cheio sua memória e você vai desejar 'bater a cabeça' com ele.

    Na sequencia com um solo marcante, Hell Angel, mostra que o Fast Evil nos ataca com uma música rápida e devidamente flamejante para que apreciemos seus solos velozes de guitarra tocados com precisão por Diego Dourado e eles também nos fazem sentir conectados com a adrenalina que nos é dirigida nas linhas de baixo e bateria proporcionadas por Marcos Andrade e Luis Neto, respectivamente, que de certa forma até facilitam para que o vocalista Lucas Mesquita atue passando muita eletricidade a cada estrofe.

    Para a canção título, a The Midnight Force, o quarteto exibe um princípio mais lento nos dedilhados e seus vocais exalam agudos falados para que pouco depois possam disparar seu andamento devastador que transforma esta composição um dos melhores momentos do cd, aqueles que são claramente Heavy Metal em sua essência, como pode-se reparar na curta inversão mais lenta que eles incluíram até que retornem mais acelerados e explosivos ainda na etapa final executando o seu refrão, que também será cravado na sua mente.

    Essa potência sonora continua 'à milhão' com Evil Maniacs, que é possuidora de uma linhagem 'dinamitadora' onde voz, guitarra, baixo e bateria atuam implacáveis no claro intuito de nos enviar uma frenética e infectante composição. Sem parar como deve ser um álbum de Speed Metal, o quarteto exibe na sétima música de The Midnight Force, a pedrada Living At The Speed, que flerta com o Thrash Metal em sua velocidade e crueza, que só tem seu estilo quebrado em sua breve parte melódica em que Lucas Mesquita solta seus agudos, pois, excetuando este momento, é aceleração 'metálica' plena.

    Metal Is Back com seu D.N.A. de Judas Priest chega como um rolo compressor ladeira abaixo esmagando com tudo que tem na frente através de seu ritmo e vocais consideravelmente intensos, que acredito que deva ter sido difícil para o vocalista gravar suas partes e afirmo: tente ouvir e ficar sem banguear ou socar o ar. A última do cd é a que se tornou um videoclipe do quarteto, a Ritual Of Sacrifice, que também envolve o ouvinte facilmente, seja em seu andamento ou em seus versos, especialmente, quando seu refrão é berrado repetidamente.

    Em menos de trinta minutos, o Fast Evil dá o seu recado através de canções incendiárias de modo que os fãs de Heavy Metal direto e sem firulas curtam este The Midnight Force em sua primeira audição. É bem verdade que o quarteto não inova e repete a fórmula que os seguidores do estilo adoram, e aí te questiono... precisam incluir novidades bizarras para serem bons? Lógico que não... Heavy Metal deve ser como fizeram nestas nove músicas e ponto. Sigam firmes e comprovem ao mundo a qualidade brasileira.
Nota: 9,5.

Por Fernando R. R. Júnior
Outubro/2019

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