Picture e Skull Fist
Abertura: Vulcano e Living Metal
Sábado, 15 de junho de 2019
no Estúdio Mirage Eventos em Limeira/SP

Vitória improvável com shows marcantes!!!

    Inicialmente teríamos neste sábado do mês de junho apenas o Picture e o Skull Fist com os shows começando mais cedo, sendo que em algumas datas, ambas as bandas já dividiram o palco e isto seria repetido em Limeira. Entretanto, um voo atrasado do Skull Fist modificou tudo que foi planejado anteriormente pela Circle Of Infinity Produções e eles ficaram sabendo disso apenas a dois dias antes dos shows. O normal seria a organização cancelar o Skull Fist, que só conseguiu um voo mais tarde e chegaria à Limeira consideravelmente depois que o horário previsto de sua apresentação.

    Para driblar este obstáculo, a organização optou não trilhar o caminho mais fácil e encarar o desafio ao aumentar o cast com mais duas bandas, pois, rapidamente chamou o os paulistas do Living Metal e os santistas do Vulcano para que o horário do término das apresentações fosse mais tarde possível e assim, este tempo serviria para que não percebêssemos a demora para a chegada do Skull Fist à cidade. Estratégia ousada e que serviu para que nós pudéssemos conferir mais shows no palco do Estúdio Mirage Eventos, local escolhido para as apresentações.

Living Metal

    Confesso que não esperava que uma semana depois do show de abertura do Raven e da Leather ( confira matéria ) fosse rever o Living Metal no palco e ainda mais em Limeira. Um fato assim, comprova o que escrevi na matéria do Living Metal do show anterior, a banda agradou bastante tanto os fãs quanto a produção e recebeu um novo convite. Entretanto, eu e alguns amigos acabamos atrasando e só chegamos ao Estúdio Mirage Eventos quase no final da apresentação de Pedro Zupo nos vocais, Rafael Romanelli ( ex-Zumbis do Espaço ) e Jonas Soares nas guitarras, João Ribeiro no baixo e  Jean Praelli na bateria.

    Ainda assim, deu tempo para relembrar do poder de fogo do Living Metal no palco assistindo a Fire On Two Wheels e a Hail The True Metal ( Will Never Die! ). É bacana que a banda sabe fazer aquele 'bailado' com os músicos das cordas solando juntos, o vocalista aplica todo o seu carisma e se movimenta bastante pelo palco sentindo a música, seja ajoelhando, seja gritando e ou seja nos passando toda essa energia, enfim, a banda sabe agitar para que possa puxar a plateia para o seu lado.

    Uma pena que perdemos as canções próprias "Are You Ready For Metal?", "Living Metal", "Hitting The Road", "Bells Of Freedom", "Back To The 80's" e o cover para Rocka Rolla do Judas Priest, que pelo que perguntei para alguns dos presentes foram muito bem recebidas, mas tudo bem, em uma outra oportunidade acompanho o set inteiro da banda, assim como fiz na semana anterior.

Set List do Living Metal
1 - Are You Ready For Metal?
2 - Living For Metal
3 - Hitting The Road
4 - Bells Of Freedom
5 - Back To The 80's
7 - Rocka Rolla (Judas Priest cover)
8 - Fire On Two Wheels
9 - Hail The True Metal (Will Never Die!)

Picture

    O principal motivo de todos os headbangers que compareceram ao Estúdio Mirage Eventos nesta noite foi obviamente por conta da terceira visita do Picture na cidade, sendo que desta vez, a lenda holandesa estava pela primeira vez com o seu classical line up, que trouxe os integrantes da formação original da banda, sendo eles Ronald Van Prooijen nos vocais, Jan Bechtum na guitarra, Rinus Vreugdenhil no baixo e Laurens Bakker na bateria, sendo completados por Appie de Gelder na guitarra.

    O Picture está excursionando divulgando o álbum ao vivo Live - 40 Years Heavy Metal Ears 1978 - 2018, que foi lançado no ano passado pela Classic Metal, gravadora da minha amiga Patrícia Vera e seu marido, que são uns dos maiores incentivadores da banda no Brasil, além de comandarem o fã clube Picture Brasil.

    E com um álbum que olha para o passado da banda como mote da tour, a tendência seria de apenas grandes clássicos no set list, não é mesmo? Sim, mas, não foi o que aconteceu, pois, o Picture está em processo de gravação de seu décimo álbum de estúdio já intitulado como Wings e fez questão de apresentar também duas novas canções, ou seja, estão olhando para o futuro e pelo show empolgadíssimo que fizeram e que contarei nas linhas abaixo, posso cravar aqui que os próximos anos estão garantidos.

    Foi por volta das 00:50, que os últimos ajustes do palco foram concluídos para que o quinteto pudesse começar sua apresentação diante de um público menor que o devido para acompanhar uma lenda do Heavy Metal Tradicional, que é um dos principais propulsores do movimento na Holanda.

    Ao som das guitarras de Jan Bechtum e Appie de Gelder em alta velocidade tivemos a You're All Alone do Diamond Dreamer de 1982, que também abre o álbum Live - 40 Years Heavy Metal Ears 1978 - 2018 já nos enviando seu Heavy Metal pulsante com Ronald Van Prooijen cantando com firmeza seus versos com um visual típico dos anos 80, com colete jeans, bracelete, calça com pequenas correntes e com adereços prateados.

    A recepção do público foi de muitos gritos e bastante alegre. Sem parar já emendam a Get Back Or You Fall - tal como no último álbum ao vivo - e esta canção do primeiro álbum do Picture de 1981 também foi recebida com muito entusiasmo pelos fãs, que também ficaram atentos aos solos da dupla Jan Bechtum e Appie de Gelder devidamente calcados no mais puro Heavy Metal.

    Ronald Van Prooijen demonstrou muito carisma a cada momento do show e aumentou isso ao nos saudar bradando um "Obrigado Limeira!!!" para que os solos de guitarras com direitos a 'paradinhas' para que gritássemos "haiiiil" nos trouxessem a cadenciada Message From Hell, gravada no Diamond Dreamer em 1982, o segundo disco do Picture, e a cada música os holandeses iam inflamando mais o público, que nesta participou mais intensamente, afinal, não tem como ficar parado ante a 'rifflerama' que a dupla nos brindou nesta música.

    Apenas anunciando o título da seguinte, a cadenciada Night Hunter ( também registrada no Diamond Dreamer ) Ronald Van Prooijen, que se mexia bastante pelo palco foi comandando a nossa euforia com facilidade e sempre sorrindo a cada momento demonstrando que estava muito contente por este contato com os fãs no Estúdio Mirage Eventos.

    Em seguida, o simpático vocalista conta que a próxima música era uma das novas composições que estarão no vindouro álbum Wings e que sua letra faz referência aos tempos quando ele tinha cabelos compridos, assim a melódica, pesada e dotada de longos solos eletrificados - protagonizados por Appie de Gelder - Little Annie tomou conta da casa e de nossa atenção relevando que o Picture está preparando um excelente álbum de estúdio. E a galera aprovou a nova canção, pois, já saiu berrando alguns "hey... hey..." em algumas partes.

    Entre pedidos de músicas, o vocalista Ronald Van Prooijen fala rapidamente conosco e informa que continuariam com a explosiva e veloz No No No, que pertence ao segundo disco, o Heavy Metal Ears de 1981 e que caiu como uma bomba para os fãs que corresponderam gritando seu título com o vocalista, aliás, a banda mostrou muito entrosamento ao realizar alguns breves prolongamentos em que as guitarras Jan Bechtum e Appie de Gelder exibiram todo o seu poder de fogo em suas notas literalmente flamejantes

    Os berros dos fãs naturalmente contagiaram a banda que correspondeu disparando a ganchuda Nighttiger, canção do Heavy Metal Ears que recebeu muitas palmas dos fãs, especialmente, na hora dos solos de guitarras e Ronald Van Prooijen inteligentemente direcionava o seu microfone para nós com a intenção de captar nossas vozes no refrão, onde o nome da canção é repetido várias vezes.

     Depois era chegada a hora do maior sucesso do Picture e a canção responsável por ter me tornado fã da banda, com direito a Ronald Van Prooijen nos agradecer e dizer que somos os reais fãs do Picture por estarmos no show até este horário, dito isso, os solos repletos de adrenalina presentes em Eternal Dark, clássico que nomeia o quarto álbum lançado em 1983 fincou o momento que tivemos a maior troca de energia entre a banda e o público desta noite levando a todos a pularem a agitarem plenamente felizes. Em uma breve pausa, Ronald Van Prooijen grita "Eternal... Eternal... Eternal..." para que nós - e ele - completássemos com muitos "Dark... Dark... Dark..." para então finalizarem a música no mesmo estilo que gravaram na versão ao vivo presente no Live - 40 Years Heavy Metal Ears 1978 - 2018.

    Jan Bechtum começou a fazer um impressionante solo de guitarra passando por linhas melódicas longas e outras mais Heavy Metal em que expressou toda sua técnica culminando em Live By The Sword, do penúltimo de estúdio, o Old Dogs, New Tricks de 2009, que garantiu antes que Ronald Van Prooijen cantasse seus versos uma nova sessão de "hey... hey... hey..." e depois este apresentou a canção em 'versão de gala' com todos os seus grandes solos de guitarras lotados de muita melodia. Um fã brada, já pela 'décima' vez: "Heavy Metal Ears..." e Ronald Van Prooijen olha para ele sorri e a rápida Heavy Metal Ears, que intitula o segundo álbum foi tocada com toda sua garra, onde novamente os solos de guitarras determinam a potência da composição.

    Outra das mais clássicas das criações do Picture que jamais poderia ficar de fora do set list desta noite, que teve sua execução após alguns pedidos, estou falando de Diamond Dreamer ( título do terceiro álbum do quinteto ) em que novamente procuramos cantar alguns versos e seguir seu ritmo nas palmas marcando para mim outro momento que figura entre os melhores deste show do Picture em Limeira. De olho no futuro como mencionei anteriormente, os holandeses nos colocaram diante de seu novo single e que está no tracklist do disco Wings com a Line Of Life, que começa lenta e melódica, porém, rapidamente ganha uma aceleração considerável nas guitarras em que Appie de Gelder comanda seus principais solos.

    E para felicidade de todos que pediram exaustivamente... Unemployed do Heavy Metal Ears foi tocada com seu ritmo robusto e contou com os backing vocals de Jan Bechtum e lógico de todos nós, quando solicitados pelo vocalista Ronald Van Prooijen. Isso durou até o ponto em eles aumentaram a velocidade de Unemployed logo após um notável solo de bateria feito por Laurens Bakker, que sabe tocar sempre pesado e preciso transformando esta parte do show na mais Heavy Metal do set.

    Entre gritos do nome da banda tivemos a Bombers do primeiro trabalho com Jan Bechtum solando com um vigor único e também com a uma excentricidade feita por Ronald Van Prooijen, que após cantar sua parte inicial, durante os solos de guitarra resolveu subir uma das estruturas onde ficavam a iluminação e lá de cima - sorrindo muito - continuou a cantar a parte final da música. A atitude dele foi maior que muito vocalista de banda nova, que fala um monte em rede social e no show fica parado feito um poste em que você até fica na dúvida se é um show mesmo ou uma audição do álbum. Atitude é isso, é surpreender os fãs, é fazer o inesperado, é virar o microfone para nós como o repleto de voltagem senhor Ronald Van Prooijen fez.

    Já de volta à frente do palco, o vocalista iniciou a emblemática Lady Lightning, música de abertura do disco Diamond Dreamer e durante os prolongamentos nos solos de guitarras, Ronald Van Prooijen apresentou cada um dos membros do Picture para que pudessem receber os aplausos e gritos dos fãs sendo o primeiro o baixista fundador Rinus Vreugdenhil, depois o baterista Laurens Bakker, o guitarrista Jan Bechtum e por fim o guitarrista Appie de Gelder, aliás, como foi emocionante ver o duelo que os dois fizeram em seus instrumentos relembrando claramente o que o Deep Purple sempre fez com Ian Gillan, Jon Lord e Ritchie Blackmore.

    Obviamente, que eles trouxeram o andamento de Lady Lightning de volta para terminarem a música, algo que é imortalizado pelos grandes nomes dos anos 70 e que até hoje produz uma emoção maravilhosa quando vemos uma banda realizar isso no palco.

    Entre muitos aplausos e pedidos de músicas, eles nos agradecem e deram a impressão que seria o final do show, até saíram do palco entre o coro de "Picture... Picture..." feito pelos fãs e quando finalmente retornaram, se entreolharam e foram as respectivas posições para que aos "hey... hey... hey... " da plateia pudessem tocar a cadenciada You Can Go, outra do primeiro álbum dos holandeses, que contou com solos incendiários de Jan Bechtum, que ergueu sua guitarra, a tocou com ela nas costas, enfim, foi um verdadeiro showman.

    É... depois de um show como este que durou tem torno de uma hora e vinte minutos com uma banda esbanjando contentamento a cada instante, você entende porque o Picture é um 'cult' para seus seguidores. Entretanto, não pense que com o show terminado seria o fim do nosso contato com os holandeses.... todos os cinco foram no meio da galera para tirarem fotos, conversarem, baterem um papo, enfim, seja na loja da Classic Metal ou em outras partes do Estúdio Mirage Eventos... todos os cinco atenderam e se divertiram com os fãs em um Meet & Greet que ficará na memória de cada um de nós.

    E nós todos tiramos nossas fotos com eles e procuramos conversar com os atenciosos músicos do Picture, que iriam gravar um DVD no dia seguinte em São Paulo/SP e eles não queriam irem embora, tanto é verdade que fizeram questão de assistirem também à uma boa parte do show da banda seguinte da noite, o Vulcano. Showzão histórico do Picture em Limeira, que deveria ter recebido um público maior pela sua arrebatadora apresentação.

Set List do Picture

1 - You're All Alone
2 - Get Back Or You'll Fall
3 - Message From Hell
4 - Nigth Hunter
5 - Little Annie
6 - No No No
7 - Nighttiger
8 - Eternal Dark
9 - Live By The Sword
10 - Heavy Metal Ears
11 - Diamond Dreamer
12 - Line Of Life
13 - Unemployed
14 - Bombers
15 - Lady Lightning
16 - You Can Go

Vulcano

    A veterana banda de Black/Death Metal da cidade de Santos/SP, o Vulcano, cuja origem data de 1981 e que é formada atualmente por Luiz Carlos Louzada nos vocais, Zhema Rodero e Gerson Fajardo nas guitarras, Carlos Diaz no baixo e Bruno Conrado na bateria subiu no palco por volta das 03 da manhã. Sim era tarde, mas, isso não desanimou muitos fãs que foram para a frente do palco para conferirem de perto a sequencia de bordoadas disparadas sem dó pelo pelo quinteto em tour de divulgação do álbum ao vivo Live III - From Headbangers To Headbangers, que foi lançado em 2018.

    Confesso que as primeiras músicas tocadas pelo Vulcano vi lá da parte externa do Estúdio Mirage Eventos, afinal, estava conversando com os membros do Picture e fotografando com eles, inclusive tirando fotos de outros fãs ao lado deles e fazendo novas amizades. Porém, mesmo um tanto longe do palco, já deu para perceber que o Vulcano pretendia moer com os pescoços e ouvidos de cada presente logo na sua esmagadora trinca inicial. que começou com a Satanic Legions ( Intro ).

    Após a introdução, Luiz Carlos Louzada soltou seus guturais assombrosos na Church At a Crossroad ( do The Man, The Key, The Beast de 2013 ) enquanto que os demais tocavam com toda a velocidade implacável que a canção solicita. No término, ele nos saúda com um cavernoso "Boa Noite Limeira!!!" e anuncia a terceira, que foi matadora Witches' Sabbath, que apareceu primeiramente no Devil On My Roof Live de 1984 e nesta noite foi exibida com toda a violência que o quinteto conseguiu extrair de seus instrumentos.

    Para Red Death do Anthropophagy de 1987, o Vulcano atacou agora com uma canção mais cadenciada, porém, não menos destruidora, conforme provaram os urros ferozes de Luiz Carlos Louzada. Apenas dizendo: "E aí galera... de 1985... The Signals..." e com solos de guitarras feitos por Zhema Rodero e Gerson Fajardo em uma linha mais Heavy Metal em seu princípio, a pedrada do Devil On My Roof Live caiu fortemente em nossas cabeças.

    Do último álbum de estúdio do Vulcano, o XIV de 2016 tivemos uma nova trinca, onde enviaram primeiro a destruição contida no rápido Death Metal chamado Propaganda And Terror, que prosseguiu sem perdão com a colérica e extremamente violenta Thunder Metal, após algumas breves palavras para o público. Aliás, nesta Thunder Metal, o nível de fúria - seja nos vocais ou na parte instrumental -  praticado pelo Vulcano era incontrolável e ensurdecedor. A última desta trinca foi I´m Back Again, que manteve linha sonora completamente insana da banda e que seja nos solos de guitarras, baixo ou bateria, todos eram tocados ao limite extremo, o que para um nome como o Vulcano é algo normal.

    Aos solos mais longos de guitarras de Zhema Rodero com sua Gibson Flying V vermelha, hora da arrastada e totalmente sinistra Welcome To The Army do Rat Race de 1990, cujas vocalizações foram assustadoras até que os demais aumentam a velocidade da composição e a tornam um Death Metal dos mais aniquiladores de todos, assim como a Total Destruição, presente no Tales From The Black Book de 2004, que por possuir suas letras português, alguns cantaram seu refrão com Luiz Carlos Louzada.

    E realmente dispostos a massacrar com tudo, o Vulcano continua seu set com a Guerreiros de Satã, outra do Tales From The Black Book exibida nesta noite. E os santistas fizeram um show para Deathbanger nenhum colocar defeito, era uma dilaceração atrás da outra e Legiões Satânicas do Five Skulls And One Chalice de 2009 confirmou esta afirmação.

    A parte final do show do Vulcano foi dedicada praticamente ao primeiro álbum de estúdio, o Bloody Vengeance, pois, foram sete das suas oito músicas executadas na sequencia impiedosa que foram registradas no disco de 1986, e tudo começou com a Dominios Of Death. Antes de prosseguir Luiz Carlos Louzada apresentou rapidamente seus guitarristas e anunciou a Spirits Of Evil, 'pauladaça' que detonou com os fãs, agora em um número ainda menor, infelizmente por conta do horário... afinal, eram mais de 04 da manhã.

    Pensa que este fato desanimaria o Vulcano? Pelo contrário, eles avançaram seu potente Death Metal com a Ready To Explode, a agressiva Holocaust para terminarem esta execução de seu clássico disco com a selvageria contida em canções como a colérica Incubus, a detonadora Death Metal e a arrastadaça título Bloody Vengeance, que termina com uma raiva descomunal. Ainda não tinha presenciado um show do Vulcano e constatei que ao vivo eles são ainda desoladores que no estúdio nesta praticamente uma hora e quinze minutos no palco do Estúdio Mirage Eventos.

Set List do Vulcano

1 - Satanc Legions ( Intro )
2 - Church At a Crossroads
3 - Witches' Sabbath
4 - Red Death
5 - The Signals
6 - Propaganda And Terror
7 - Thunder Metal
8 - I'm Back Again
9 - Welcome To The Army
10 - Total Destruição
11 - Guerreiros de Satã
12 - Legiões Satânicas
13 - Dominios Of Death
14 - Spirits Of Evil
15 - Ready To Explode
16 - Holocaust
17 - Incubus
18 - Death Metal
19 - Bloody Vengeance

Skull Fist

    Mesmo com a troca de palco rápida realizada pela produção, o horário que o Skull Fist subiu no palco beirava às 05 da manhã e o público estava ainda mais reduzido, seja por conta do horário, da distância para o retorno para casa ou pelo cansaço, mas os guerreiros que ficaram até o final, puderam curtir uma das bandas que tocou com o maior fervor que já presenciei em Limeira. Se isso aconteceu por conta do quarteto canadense ser mais novo ou porque o Skull Fist queria entregar um show para que fosse lembrado pelos fãs, não posso afirmar com segurança, mas, a verdade é que os canadenses de Toronto quiseram deixar sua marca na cidade, e, aí sim saliento com certeza aqui... conseguiram.

    Formada em 2006, o Skull Fist já possui três álbuns completos, um demo e um EP, sendo o recém lançado Way Of The Road de 2019, o mais recente e o motivo desta passagem pela América do Sul. Os jovens garotos que fizeram o show no Estúdio Mirage Eventos estavam com um visual Hard Rock / Glam Rock foram Zach Slaughter nos vocais e guitarra, Casey Slade no baixo e vocais, Jonny Nesta na guitarra e JJ Tartaglia na bateria e percussão.

    Com os músicos posicionados em seus postos, e após a rápida saudação por nós estarmos lá até esta hora, a primeira de seu set foi a Ride The Beast, que trouxe um Heavy Metal nos padrões tradicionais do estilo com seguida pela rápida Get Fisted muito bem embasada nos solos de guitarras de Zach Slaughter e Jonny Nesta, sendo que ambas fazem parte do Head öf The Pack de 2011, o primeiro cd do quarteto.

    Sem pestanejar, os garotos mantiveram a velocidade com a Hour To Live do Chasing The Dream de 2014, cujos solos frenéticos alegram bastante o público, bem como a atuação deles, que se movimentam bastante pelo palco. Porém, a virada melodiosa que embutiram na música chamou bastante a minha atenção, pois, ainda não havia pegado para ouvir o Skull Fist e percebi que terei que ouvir mais álbuns deles a partir de agora.

    Com um forte solo de bateria, o Skull Fist toca a primeira do Way Of The Road, a You Belong To Me, que segue também rápida em suas vocalizações e com os guitarristas solando à toda velocidade em linhas melódicas em um pique contagiante. De volta ao Chasing The Dream com You're Gonna Pay aos sempre incandescentes solos de guitarras, que no momento em que eles diminuem a aceleração, a plateia solta seus "hey... hey..." de acordo com o ritmo da música, sinal que o Skull Fist estava agradando mesmo.

    Após mais um exuberante e sempre ligeiro solo de guitarra feito por Jonny Nesta, o Skull Fist toca a I Am a Slave do Way Of The Road, sendo que a forma que eles impõem seu show nos fazem querer conferir até o final do set dos canadenses. Habilmente, o quarteto liga uma música na outra e Commit To Rock foi unida com o solo de guitarra, quase que nem percebemos essa ligação tanto que o andamento Hard Rock trazido por esta música do Head öf the Pack com seus vocais melódicos.

    É o Skull Fist estava colocando seus fãs em um grau de contentamento bastante grande e conquistando novos, como foi o meu caso e de alguns amigos, que ficamos novamente atentos a ótima Heavier Than Metal, que intitula o primeiro EP da banda de 2010. Agradecendo ao carinho dos fãs, Zach Slaughter dispara um "Thank You..." e informa que a seguinte é a Sign Of The Warrior ( do Chasing The Dream ), que também é executada na maior aceleração que o quarteto extrai de seus instrumentos e sempre com uma linhagem melódica, porém sem ser um Power Metal.

    E os canadenses não fizeram um show mais curto por conta do público estar menor, muito pelo contrário, a eletricidade deles no palco não tinha fim e tocaram em seguida a Bad For Good, também do Chasing The Dream e esta estava na boca dos fãs, que cantaram com eles o refrão e admiraram seus solos de guitarras. Após nos agradecer novamente pelo entusiasmo até esta hora, Zach Slaughter apresenta um baita solo de guitarra tocar a canção que concede o nome ao primeiro álbum deles, a Head öf The Pack na firmeza sempre veloz que a música pede terminando a primeira parte do show dos canadenses.

    Aos gritos de "Skull Fist... Skull Fist..." eles voltam para o bis e tocaram a destruidora No False Metal do Head öf The Pack com todos os agudos do vocalista Zach Slaughter e todos os sempre velozes riffs de guitarras, que levaram no final o quarteto receber mais aplausos, nesta música que encerrou a calorosa apresentação de praticamente uma hora do Skull Fist em Limeira. Mesmo muito cansados e mesmo já sendo praticamente 06 da manhã, buscamos aquele resto de força para gritar mais algumas vezes o nome da banda em retribuição ao show incansável que fizeram.

    A ação guerreira da organização em escolher o caminho mais difícil para não deixar Limeira sem o show do Skull Fist foi louvável e quem aguentou acompanhar o show da banda entendeu que o esforço foi recompensado com uma apresentação valorosa do Heavy Metal célere do quarteto em uma verdadeira vitória da produção contra todas as adversidades.

    Saldo final deste sábado... o show mais divertido e mais à vontade que presenciei do Picture, além do gosto especial por ter sido com a sua formação original, a gratíssima surpresa positiva do Skull Fist, além do ótimo Heavy Metal Tradicional do Living Metal e o exterminador Death Black Metal do Vulcano, ou seja, mais uma noitada metálica que valeu e muito!!!

Texto e Fotos: Fernando R. R. Júnior
Agradecimentos para Edson Moraes e Cláudia Moraes da Circle Of Infinity Produções
e a Jeancarlo Oliveira da ELF Agency
pela atenção, oportunidade e credenciamento
Julho/2019

Set List do Skull Fist de Limeira

1 - Ride The Beast
2 - Get Fisted
3 - Hour To Live
4 - You Belong To Me
5 - You're Gonna Pay
6 - I Am A Slave
7 - Commit To Rock
8 - Heavier Than Metal
9 - Sign Of The Warrior
10 - Bad For Good
11 - Head öf the Pack

Encore:
12 - No False Metal

Galeria 300 de fotos dos shows do Picture, Skull Fist, Vulcano e Living Metal
no Estúdio Mirage Eventos em Limeira/SP

Voltar para Shows