Grave Digger - Healed By Metal South America Tour 2017
Abertura: Circle Of Infinity e Panndora
Bar da Montanha em Limeira
Sábado, 25 de março de 2017

    Pouco tempo depois de anunciarem o lançamento de seu décimo oitavo disco de estúdio para janeiro, os alemães do Grave Digger embarcaram na Healed By Metal World Tour e como já era aguardado desde o começo do ano, as datas da décima passagem no Brasil foram divulgadas em um dos maiores giros por aqui com sete shows, sendo somente em capitais como Belém/PA, Recife/PE, São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Curitiba/PR e Porto Alegre/RS ( que infelizmente acabou sendo cancelado ), onde a única exceção foi para Limeira, cidade do interior de São Paulo, que graças ao empenho da Circle Of Infinity Produções sempre está sendo parada obrigatória para muitos artistas que visitam o Brasil. Inclusive, no caso do Grave Digger foi a segunda vez que eles aportaram na cidade e no ótimo Bar da Montanha

    Entretanto, neste final de semana em especial aconteceu o Lollapalooza Brasil 2017 e a principal atração do sábado era simplesmente o Metallica divulgando seu novo disco Hardwired... To Self Destruct, o que poderia diminuir o público presente para acompanhar o empolgante show do Grave Digger, que descreverei em detalhes mais abaixo, porém, muito pelo contrário, headbangers de diversas cidades do interior como Tatuí/SP, Catanduva/SP, Americana/SP, Mogi Guaçú/SP, Mogi Mirim/SP, Espírito Santo do Pinhal/SP, Andradas/MG e tantas outras estiveram presentes ocupando praticamente todos os lugares do Bar da Montanha.

    E desta vez o Grave Digger contou com dois shows de abertura, primeiro, as meninas do Panndora e depois a banda local Circle Of Infinity, que aumentaram o clima e expectativa para a atração principal, e sendo assim, vamos contar como foram seus shows.

Panndora

    Da longínqua cidade de Maringá/PR ( ao menos para nós do interior de São Paulo ) teve origem no ano 2000 a banda Panndora formada por amigas que queriam tocar o Heavy Metal mais tradicional e investiram em composições autorais, que renderam os EP´s Choose Your Side de 2003, Panndora de 2007, Panndora Heretic´s Box de 2011, Behind The Crime de 2012 e Cold Eyes 7 de 2014, além dos cd´s Herectic's Box de 2011 e The Heretic's Box Extedend de 2015. Apesar de jovens, as garotas Adrismith na bateria, Luana Bomb e Rebeca Rastelli nas guitarras, Taise Bijora no baixo e Renata Paschoa nos vocais são bastante experientes e mostraram que sabem muito bem o que estão fazendo no palco.

    Infelizmente, quando cheguei ao Bar da Montanha, as meninas da Panndora já estavam no palco e parte do seu set acabei ouvindo por fora da casa, pois, havia uma grande fila e até que adentrei ao recinto várias músicas já foram tocadas.

    Mesmo sem ter presenciado as cinco primeiras músicas do show, que foram na sequencia: a pesada Partners In Crime, a contagiante Cold Eyes, o Heavy encorpado de Nightmare Of My Essence, a interessante Killing Yourself e a mais cavalgante My Heretic Lips pude notar pela vibração da galera já presente, que elas não estavam empolgando apenas por serem bonitas, mas, por serem capazes de realizar um Heavy Metal Tradicional como os headbangers gostam de ouvir e inclusive, estes comentários foram um pouco pelo que consegui ouvir de fora em algumas e outro tanto pelo que já ouvi da Panndora no passado.

    Bem, peguei a trinca final do show e percebi todo o carisma de Renata Paschoa ao cantar os versos de Devil´s Man, além de observar os fortes toques da baixista Taise Bijora sincronizados com a bateria de Adrismith. Simpática, a vocalista agradece a recepção dos presentes, que a aplaudiram e aos solos conjuntos de Luana Bomb e Rebeca Rastelli recebemos a Choose Your Side, que contou com uma bela participação dos fãs, batendo palmas no ritmo do seu pulsante Heavy Metal.

    Demonstrando saber utilizar seu carisma com habilidade, a vocalista anuncia a seguinte, que foi a Uranie e deu para reparar como ela soltou a voz firmemente e como Luana Bomb e Rebeca Rastelli estavam à vontade no palco para solarem suas guitarras. Com sorriso no rosto, Renata Paschoa agradece a oportunidade de se apresentar em Limeira e após oito músicas presentes no álbum The Heretic' Box Extended, elas encaixaram um cover de uma de suas influências, que não só foi muito bem tocado por elas, como conquistou de vez a plateia do Bar da Montanha, afinal, elas nos enviaram uma afiada versão de Electric Eye do Judas Priest, que teve direito até a alguns prolongamentos nos solos de guitarras e sempre muito bem amparados pela 'cozinha' do Panndora

    Pena que não havia mais tempo para mais uma música, mas, ao contrário de todo o preconceito idiota que existe com relação a bandas com apenas meninas, este quinteto de Maringá/PR chamado Panndora realizou um formidável começo de noite de muito Heavy Metal. Sempre que me for possível vou procurar assisti-las novamente, pois, elas sabem muito bem o que deve ser feito no palco.

Set List do Panndora

1 - Partners In Crime
2 - Cold Eyes
3 - Nightmare Of My Essence
4 - Killing Yourself
5 - My Heretic Lips
6 - Devil's Man
7 - Choose Your Side
8 - Uranie
9 - Electric Eye

Circle Of Infinity

    Pela primeira vez e também nesta noite pude conferir ao show Circle Of Infinity, que é formada pelo do organizador dos shows internacionais em Limeira, o Edson Moraes no posto de vocalista e guitarrista ao lado de Allan Farias na guitarra solo, Celso Fernandes no baixo e Alexandre Culano na bateria. Já sabia que eles são praticantes do Thrash Metal com pitadas de Death Metal dos mais viscerais, violentos e matadores, entretanto, assistir a banda ao vivo é sempre outra história. Formado em 2013, o Circle Of Infinity disponibilizou seu primeiro cd intitulado Moments Of Evil em pouco tempo, já no ano de 2015 e dele foram extraídas as canções deste show.

    Posicionados no palco, após a rápida troca, o quarteto começou a 'quebrar tudo' por volta das 22:45 com a pedrada Rise To Honor, que trouxe aquele ritmo cadenciado ótimo para bater a cabeça, onde o vocalista Edson Moraes soltou todos os seus vigorosos vocais agressivos e como sempre, a respeitosa plateia do interior não só sacudiu os pescoços como também socou o ar.

    Pelo grau de técnica e fúria nas canções, e claro, por também estar empunhando uma guitarra, Edson Moraes não se movimentava tanto pelo palco, mas, era só alegria e os movimentos, ele deixava para o baixista Celso Fernandes e para o guitarrista Allan Farias, que não paravam quietos durante os solos, como pode ser notado na execução de Wake Up And Fight.

    Em um breve momento para que Edson Moares trocasse sua guitarra verde para uma com pintura de fogo, que era uma Dean Dime Razorback, ainda mais bonita e no estilo que muitos dos nomes do Thrash Metal utilizam ( exemplo Mille Petrozza do Kreator ) recebemos a moedora, nervosa e acelerada Dark Souls, que conta com trechos rápidos para as rodas e outros mais cadenciados para se banguear no ritmo exibido no palco pelo Circle Of Infinity.

    Contente por ver toda a galera curtindo o show, o vocalista comenta: "a cena fica forte, quando vocês são fortes, essa união que faz a coisa acontecer.... essa música é em homenagem a vocês... chama-se Headbanger" e o torpedo sonoro veio desferindo porradas sem piedade em um Thrash Metal mais cru e explosivo, que percebi toda a técnica do baterista Alexandre Culano, que toca veloz como a música necessita.

    De olho no que tem acontecido na política, o Circle Of Infinity tem uma canção que esclarece muita coisa e desta forma nos enviou a bordoada We Are Puppets com o telão atrás do quarteto exibindo as imagens de seu videoclipe aumentando a interação do show, que nesta música teve solos cada vez mais dilacerantes nas guitarras e vocais consideravelmente violentos nos levando a berrar o seu título.

    Antes de prosseguir, Edson Moares nos informa que quer fazer uma outra homenagem à um dos nomes que certamente estão entre suas maiores influências e Zombie Ritual, composição do Death foi escolhida para fazer muito fã bater cabeça e também surgirem algumas rodas pelo Bar da Montanha, além de "hey... hey... hey..." dos presentes. Em seguida, Edson Moraes fala "é a segunda vez do Grave Digger por aqui..." e que "está sentindo uma grande alegria por assistir uma banda da sua infância na sua casa..." e para comemorar envia a assassina Take My Mind, Take My Fear, que começa mais arrastada, mas depois se acelera e mostra ótimos riffs de guitarras.

    Aplaudidos, eles sorriem e o vocalista novamente conversa com os fãs para tocar junto aos demais a mortífera The End, que se aproxima de um Death Metal com vocais urrados de forma extrema ( aliás, se tiver oportunidade de ouvir o cd ou mesmo ver um show deles, olho e ouvidos nos solos de guitarras e na atuação do baterista nesta música ). No término do set, Edson Moraes fala que há 38 anos, no dia 24 de março foi lançado o álbum Overkill do Motörhead e para relembrar da banda e de seu mentor, o Circle Of Infinity executou uma versão brutal da conhecida e inflamada canção título Overkill.

    Eles agradecem a oportunidade, deixam os fãs mais fervorosos para o Grave Digger e cravaram um show marcante nos pouco mais de 40 minutos que ocuparam o palco do Bar da Montanha. Quem ainda não assistido ao Circle Of Infinity ( como era o meu caso ) já pode dizer que viu uma banda que sabe como esmagar e passar muita energia para quem está na plateia. 

Set List do Circle Of Infinity

1 - Rise To Honor
2 - Wake Up And Fight
3 - Dark Souls
4 - Headbanger
5 - We Are Puppets
6 - Zombie Ritual
7 - Take My Mind, Take My Fear
8 - The End
9 - Overkill

Grave Digger

Sim... eles tem a cura!!!

    Era mais de meia noite quando o tecladista mascarado Marcus Kniep ( substituto de H.P. Katzenburg, que deixou o Grave Digger depois do Return Of The Reaper após quase duas décadas na banda ), vestido como a morte, se posta a frente do palco falando algumas sombrias frases, aponta o logotipo do local aos berros de "Digger... Digger..." por parte dos fãs para nós pudéssemos ter a nossa "sessão de cura e libertação" com estes veteranos do Heavy Metal, que estão na atividade desde 1980 ( com apenas uma breve pausa entre 1988 e 1991 ), sendo eles, além do citado tecladista, estão na banda o fundador Chris Boltendahl nos vocais, Axel "Ironfinger" Ritt na guitarra desde 2009, Jens Becker no baixo desde 1998 e Stefan Arnold na bateria desde 1996.

    Para que a celebração tivesse início e produzindo o maior êxtase, o Grave Digger apresentou a música título do novo álbum, a Healed By Metal, que é um Heavy Metal pulsante, que levou a galera a cantar e sacudir o pescoço em sua execução com um vibrante Chris Boltendahl, que regia nossos braços, nossas palmas sempre ao alto e nossos muitos "Heeeey.... Heeeey....". Depois dessa dose repleta de muita energia, que levou os presentes a gritarem novamente "Digger... Digger...", os alemães prosseguiram no novo cd com a acelerada Lawbreaker, onde sentimos que seus caminhos são regidos pelos solos de guitarra de Axel "Ironfinger" Ritt.

    Com a plateia nas mãos, que retribuiu esse Heavy Metal com mais gritos com nome da banda, Chris Boltendahl reage perguntando "se estamos OK e que vai fazer uma festa de Heavy Metal nesta noite" para anunciar a Witch Hunter e no decorrer deste clássico, que ganhou a luz em 1985 e intitula o segundo álbum do Grave Digger, o vocalista por várias vezes virava o microfone para que nós completássemos seu título.

    Sempre participando muito, os fãs ganham um "Muito Obrigado!!!" em português do vocalista, que dispara o Heavy Metal Tradicional de Killing Time do álbum Tunes Of War de 1996, que capturou os presentes fazendo-os a cantarem alguns dos versos com eles, enquanto que eu particularmente observava os solos de Axel "Ironfinger" Ritt em sua guitarra e conferia toda a sua competência.

    Novamente, o carismático frontman pergunta se estamos nos divertindo, convoca para que gritássemos bem alto e pede para que fizéssemos o coro nos "ôôôôôôôôô" para a canção seguinte, entretanto, ele brincou, nos fez aumentar isso até que atingíssemos o nível que ele queria. Sorridente com o resultado eclodiu no Bar da Montanha a Ballads Of A Hangman, título do álbum de 2009, em riffs rápidos e coros marcantes, seja para o Grave Digger ou para nós.

    Como uma torcida de futebol, o público manteve os gritos de "Olê... Olê... Olê... Digger... Digger..." enquanto Chris Boltendahl - feliz com o carinho recebido - informa que a próxima era a Season Of The Witch ( do penúltimo álbum da banda, o Return Of The Reaper de 2014 ) e seu andamento mais lento contou com o baixista Jens Becker nos enviando notas poderosas em meio a solos mais vigorosos na guitarra, que nos mostraram versos cantados com a conhecida força do Metal Germânico, que depois chegam em momentos mais calmos e voltam a estourarem em mais uma nova rodada mais frenética de "heey... heey...".

    Recuando para 1988, quando o Knights Of The Cross foi lançado, o Grave Digger executou a 'pedrada' Lionheart com os pés fincados no acelerador e também souberam deixar os pontos para que nós cantássemos em coro alguns versos, até que assumiram o comando novamente deste implacável Heavy Metal. Bastante aplaudidos novamente, o quinteto nos mostra mais uma do Return The Reaper, agora com a Tattooed Rider, que foi saudada com uma bela quantidade de "hey... hey... hey...", que foram capturados pelos seus pesados solos de guitarra e seu ritmo feroz.

   Entretanto, foi quando tivemos Chris Boltendahl exercendo seu forte carisma no palco nos perguntando "se queremos mais...", que uma das mais aguardadas canções da noite foi tocada, a cadenciada The Round Table ( Forever ) do excelente Excalibur ( de 1999 ) com seus versos acompanhados pela sempre contente plateia, que participava a cada solicitação do vocalista. Novamente ele nos agradece, conversa brevemente e nos faz berrar o nome da seguinte sílaba por sílaba, a The Dark Of The Sun do Tunes Of War, que era também muito aguardada, pois, se trata de um Heavy Metal muito infectante, rápido e que naturalmente ouvimos muitas vezes ao longo dos anos, mas, quando estamos diante da banda em um palco, a emoção é completamente diferente e nos levou a cantar seu refrão com o Grave Digger.

    E criar músicas de considerável qualidade é um padrão para o Grave Digger e desta forma do novo álbum Healed By Metal tivemos a Hallelujah, que também te coloca de braços para o alto, te faz sacudir o pescoço e sentir cada um dos seus riffs, que aliás, foram devidamente potencializados por Axel "Ironfinger" Ritt, que em todo o show manteve uma grande atuação.

    Outra das antigas e esperadas foi a The Curse Of Jacques do Knights Of The Cross aos dedilhados mais calmos, que vimos receber solos memoráveis Axel "Ironfinger" Ritt em sua linda guitarra cinza com listras pretas. Em uma nova conversa para comentar da música seguinte, o vocalista mantém a chama do show acesa e elevada ao dizer que teríamos em seguida a Morgane Le Fay do Excalibur, que nos fez novamente cantar com ele em estado de imensa alegria.

Cumprimentos e a famosa espada!!!

    Durante o show, Chris Boltendahl sempre esticou seu braço para cumprimentar os fãs e quando tivemos o solo de teclados de Marcus Kniep - bem sombrio por sinal e com aquela aura medieval - a banda deixou o palco momentaneamente e veio na área ao lado, onde eu estava e para minha surpresa, o cortês vocalista veio cumprimentar as meninas do Panndora e como estava ao lado delas... também apertei a sua mão em um momento de muita emoção pessoal. De volta ao palco, Chris Boltendahl apresentou cada um dos músicos do Grave Digger, que foram aclamados pelos fãs e assim que o vocalista revelou a canção seguinte, posso afirmar que a plateia ficou ensandecida, pois, tivemos a veloz Excalibur, título do emblemático álbum de 1999. E que bela versão eles executaram nesta noite no Bar da Montanha passando muita adrenalina a cada nota, nesta que é basicamente uma síntese de como um Heavy Metal deve ser.

    A última da primeira parte do show foi o considerável hino Rebellion ( The Clans Are Marching ) do Tunes Of War, com início compartilhado pelo coral de headbangers que se formou no Bar da Montanha e assim que o peso da bateria, do baixo e da guitarra chegaram, pensa que a galera só acompanhou? Não.. todos participaram intensamente para deixar os alemães contentes conosco, tanto que o vocalista virava o microfone algumas vezes para o nosso lado com a clara intenção de captar melhor nossas vozes, que durante os efervescentes solos de guitarra contou com muitos "hey... hey..." em um momento distinto da apresentação.

    Não demorou muito para que eles retornassem para o bis aos gritos de "Olê... Olê...Olê... Digger... Digger..." e rapidamente o quinteto veio desferindo seus golpes com The Last Supper ( título e a única do álbum The Last Supper de 2005 ), que nos botou para socar o ar novamente enquanto sentíamos seu andamento cadenciado, exceção feita apenas ao seu trecho mais melódico e lento, que destacou os solos de Marcus Kniep nos teclados. Sempre transferindo muito calor, o público foi saudado com outra canção que trouxe aquele peso do Heavy Metal alemão e também do novo álbum com a Call For War comprovando que eles possuem um novo clássico nas mãos. E mesmo com pouco tempo, considerando sua data de lançamento ( janeiro ), a galera já estava com a letra na ponta da língua, pois, vários cantaram seu refrão com Chris Boltendahl e ficaram admirados com o solo de guitarra de Axel "Ironfinger" Ritt, que terminaram este primeiro bis.

No final de volta aonde tudo começou...

    Para o segundo bis, com a galera fervendo, eles colocaram uma música do álbum The Clans Will Rise Again de 2010 com a rápida e robusta Highland Farewell, que trouxe também um clima medieval no ar. Apesar de ter sido uma grande canção e o show deveras grandioso como se esperava do Grave Digger. Apesar disso, não teria como eles deixarem o palco sem o 'grand finale' e o clássico máximo dos alemães gravado em 1984 - e título do álbum - ficou com a honra de finalizar o set, pois, Heavy Metal Breakdown basicamente inflacionou a nossa vibração nos fazendo transbordar de contentamento com a perfeição e a eletricidade que um Metal dos bons tempos nos traz.

    E como é o costume do Grave Digger, Heavy Metal Breakdown teve um final falso, pois, eles saíram do palco aos gritos de "Digger... Digger..." e mais nomes de músicas pedidos ( vale dizer que foram 10 discos lembrados no set, mas nós sempre queríamos outras tantas... ) para rapidamente retornarem incitando a galera a berrar mais forte terminando a música com direito à inclusive um "Obrigadooo..." pronunciado com firmeza por Chris Boltendahl.

    Pelos sonoros gritos de "Olê... Olê... Olê... Digger... Digger..." dos presentes ficou incontestável como os fãs adoraram o show e os músicos também... afinal, eles estavam com grandes sorrisos estampados nos seus rostos após esta memorável apresentação de uma hora e quarenta minutos, que na minha opinião foi melhor que a anterior em 2015 e contou com um público superior. Em suma, estes alemães tem a cura para nossos problemas, pois, durante o seu show não lembramos de nada, apenas sentimos a sinergia única que o seu Heavy Metal nos traz. Mais uma vez tivemos um histórico show em Limeira e de novo com o som impecável. Parabéns Circle Of Infinity Produções.

Texto e Fotos: Fernando R. R. Júnior
Agradecimentos a Jeancarlo da Infomidia Express,
ao Edson Moraes e à Cláudia Moraes da Circle Of Infinity Produções
pela atenção e credenciamento

Abril/2017

Set List do Grave Digger

1 - Healed By Metal
2 - Lawbreaker
3 - Witch Hunter
4 - Killing Time
5 - Ballads Of A Hangman
6 - Season Of The Witch
7 - Lionheart
8 - Tattooed Rider
9 - The Round Table (Forever)
10 - The Dark Of The Sun
11 - Hallelujah
12 - The Curse Of Jacques
13 - Morgane Le Fay
14 - Keyboard Solo
15 - Excalibur
16 - Rebellion ( The Clans Are Marching )

Encore:
17 - The Last Supper
18 - Call For War

Encore 2:
19 - Highland Farewell
20 - Heavy Metal Breakdown

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