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Sinsaenum -
Repulsion For Humanity
11 Faixas - Shinigami Records - 2018
Em 2016 a
superbanda de Metal Extremo conhecida como Sinsaenum causou uma enorme
agitação ao revelar sua criação, que reuniu o ex-Dragonforce
Frédéric Leclerq ( guitarra, baixo e teclados ), o ex-Slipknot
e - atual Vimic - Joey Jordison ( bateria ), Sean Zatorsky
do Dååth
e Chimaria ( vocais ), Stephane Buriez do Loudblast
(
guitarra ), Heimoth do Seth ( baixo ) e
Attila Csihar do Mayhem ( vocais ).
O primeiro álbum Echoes Of Tortured (
leia resenha ) foi um
dos mais violentos discos lançados no ano de 2016, como era de se esperar
com este 'Dream Team' do Death Metal.
E para quem achou que toda a potência
e violência tivesse sido 'gasta' no primeiro trabalho, apenas ao ler as
declarações de alguns membros da banda, já percebemos que o Sinsaenum está
ainda mais radical e agressivo, conforme atesta Frédéric
Leclerq sobre o novo álbum Repulsion For Humanity: "radical, violento,
furioso, muito mais furioso." E acrescentou: "O novo álbum é uma
continuação de Ashes [EP lançado em 2017]. Em termos de som e estilo, incluímos mais
influências à mistura. Este álbum é 100% nós, não tem como objetivo agradar
as massas, não segue fórmulas e não foi feito para se encaixar nos padrões
das rádios. Nem na arte de capa ( feita por Travis Smith ) nem nas letras, na
música em si, há um resquício sequer de música acessível."
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Já Joey Jordison
disse: "De certa forma, 'Repulsion For Humanity' parece ser o nosso primeiro álbum
porque eu tive a oportunidade de gravar as minhas partes de bateria na
França com toda a banda presente. Eles me dando ideias e juntos trilhando o
caminho para fazer uma base matadora para o resto da construção. Este álbum
é letal e o processo de composição evoluiu imensamente." E por fim, mas, não
menos importante, o vocalista Sean Zatorsky complementou: "Este é, de longe, o
disco mais pesado, brutal e incrível do qual já fiz parte. Os riffs são
tão fodidamente maravilhosos que me inspiraram vocalmente a fazer coisas que
nunca fiz antes mas sempre quis, literalmente. Eu não me poupei porque a
música simplesmente não me permitia."
A produção é de Frédéric Leclerq,
Stephane Buriez e os demais membros do Sinsaenum e as
gravações de seus instrumentos aconteceram em vários estúdios, sendo eles: bateria por HK Krauss no Batiskaf
Studios em Nantes na França; guitarras, baixo e sintetizadores no
Evil 2
Studios e no SBZ Rec Studios em Paris na França, vocais no Vorticist Studios
em Atlanta nos Estados Unidos junto a John Douglas. A mixagem e masterização
são assinados por Francis Caste e foram realizados no St. Marthe Studios
em
Paris na França. Bem, sabendo disso comentarei nas linhas seguintes como que
o massacre sonoro ao qual seremos submetidos com este álbum Repulsion For
Humanity do Sinsaenum acontece, cuja capa devidamente sombria com uma figura
que mais parece um zumbi foi desenhada pelo citado há pouco Travis Smith.
A abertura da segunda e mais certeira
pedrada do Sinsaenum ocorre com a sua faixa título, a Repulsion For Humanity,
que traz o horrendo, rápido, urrado, visceral e cru Death Metal do sexteto,
que nos apresenta linhas e viradas bastante técnicas. Aos sobreviventes da
aniquilação inicial, a banda exibe agora a cadenciada Final Resolve, que
mantém a fúria de seus urros constantemente agressivos e embasados por solos
de guitarras envolventes através de vários trechos criativos e inesperados
com até partes melódicas muito bem encaixadas na brutalidade de seu ritmo,
que até recebe a participação da percussão do Tambours du Bronx ( com
gravações feitas por Dominique Gaudeaux no Bronx Sound Machine
Studios em
Imphy na França ).
A porrada eletrificada contida em Sworn To Hell
lembra do
Sepultura em sua atual fase e é tão destrutiva quanto, ou seja, urros
ferozes e diretos, porém, com incursões praticamente Black Metal em alguns
deles e também cativantes solos de guitarras de Stephane Buriez em meio ao
ambiente aterrorizante que nos é passado pelos músicos. Dotada de um andamento cadenciado,
voraz e ríspido, especialmente em seu início, I Stand Alone é a mais obscura
até aqui, mesmo com seus instantes melodiosos, que apenas servem para
solidificar os urros expelidos por Sean Zatorsky e Attila Csihar.
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Para a
quinta do cd, a Rise Of The Light Bearer, eles disparam riffs velozes entre
a cólera incontrolável de seus vocais propiciando um Death Metal
simplesmente impiedoso. A seguinte é Manifestation Of Ignorance, que chega
com um estilo arrastado e consideravelmente macabro - quase um Doom Metal
- em que seus urros estão ainda mais selvagens, exceção feita apenas para a
virada que acontece no meio da canção liberando a velocidade e as
incontáveis doses de ódio chegando à um final apocalíptico.
Com a presença de
Lauren Hart, a
vocalista do Once Human chegamos à Sacred Martyr e sua participação foi
gravada por Logan Mader no seu Darth Mader Music em Las Vegas nos Estados
Unidos e na sétima de Repulsion For Humanity, o Sinsaenum
nos mostra urros
diante de um andamento de média velocidade que se torna um caos completo em
seu decorrer com cada um dos membros da banda 'dizimando' seu instrumento
vigorosamente.
E com linhas cada vez mais rudes, o sexteto ataca com My Swan
Song e captura o fã de música extrema com este andamento cadenciado e
implacável, que remete ao Venom, além de exibir também vocais guturais e
contar com alguns pontos que lhe a aproximam de um Death Metal Melódico. A
sequencia é dada com Nuit Noire, que é disparada a mais extrema e
exterminadora do cd, cujos níveis de violência são realmente insanos e
inumanos tanto em seus vocais guturais quanto em suas linhas instrumentais
devidamente aceleradas. A penúltima é Insects e nestas faixas
finais de Repulsion For Humanity, a ordem foi soar o mais carregado
possível, pois aqui temos um Death Metal a la Krisiun
totalmente grosseiro e dilacerante, que sofre uma breve pausa para retornar
ao seu estilo matador e incansável.
