Vox Ignea - Em Chamas
5 Faixas - Independente - 2017

    O quarteto de Hard Rock nomeado como Vox Ignea é formado por Raquel Lopes nos vocais, Rodrigo Santos na guitarra, Evandro Araujo no baixo e André Martin na bateria deu origem ao Vox Ignea na cidade de São Paulo/SP no ano de 2016 com o objetivo de compor músicas em português com influências de nomes do porte do AC/DC, Led Zeppelin, Rival Sons, Aerosmith, Gotthard e Warrant.

    As cinco faixas de seu primeiro EP intitulado como Em Chamas são cantadas em português e possuidoras de temas relacionados com aquela malícia inteligente e tradicional do estilo, que exibem um pouco de transgressão e indignação junto a sarcasmo e a deboche, que foram registradas no Estúdio Dual Noise em São Paulo/SP com o produtor Rogério Wecko. Na capa criada por Ricardo Melo, o logotipo da banda pegando fogo dá a entender o porque do título do EP, que é Em Chamas.

    Tal como seu nome, Erupção abre Em Chamas explodindo com tudo e exalando seu contagiante Rock'n'Roll vocalizado com sensualidade e leveza por Raquel Lopes em uma base instrumental consistente e de ótimos riffs de guitarra soltando fagulhas elétricas que vamos apreciar rapidamente até porque lembram as feitas pelo Iron Maiden.

    Com solos onde percebe-se a guitarra conversar com a bateria e o baixo, o Vox Ignea apresenta Infernal, uma canção mais cadenciada que é vocalizada com dedicação por Raquel Lopes, onde deve-se prestar uma atenção maior ao seu refrão e também nas ótimas modificações no andamento Hard'n'Heavy de pegada oitentista, que é realizada por eles. Na terceira que é a Jogo Rápido, o quarteto exibe um ritmo forte forjado no Rock'n'Roll mais na linha do AC/DC, que traz Raquel Lopes cantando com carisma, sensualidade, animação e uma certa suavidade, que fundiu muito bem na proposta da música. Atenção aos solos de guitarra de Rodrigo Santos e a eletricidade que eles passam.

    Para Bêbada de Rum, a minha favorita neste EP, o Vox Ignea trilhou um estilo mais cadenciado, que contém exuberantes solos de guitarra feitos por Rodrigo Santos e que trazem Raquel Lopes cantando com brilho, além de um certo sarcasmo. A forma que a música segue em seus minutos é consideravelmente cativante e seu refrão certamente ficará na memória.

    A última do EP Em Chamas é a balada Hard Rock executada no violão chamada Imersa, que é dotada de uma bela letra e também traça flertes com o Blues até que posteriormente receba a incursão do baterista André Martins produzindo uma linhagem mais oitentista vocalizada com muito feeling por Raquel Lopes e claro, aquele longo e indefectível solo de guitarra que sempre gostamos de ouvir em músicas assim.

    O fato de contarem com uma mulher nos vocais - que sabe muito bem como usar sua voz - garantiu uma ótima surpresa ao ouvir este EP Em Chamas, pois, com a junção do Rock'n'Roll e Heavy Rock Clássico com Hard Rock temos uma mistura saborosa durante seus poucos mais de vinte minutos de audição com o gosto de 'quero mais'. Vale conhecer e curtir o ao Vox Ignea, que relembra do que costumamos considerar como sonzeira e faço votos para que dentro em breve eles possam nos brindar com seu primeiro cd, pois, precisamos de nomes assim.
Nota: 9,0.

Por Fernando R. R. Júnior
Dezembro/2018

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