Prologue
abre House Of Bones com algumas vozes e um
solo de guitarra forte e tradicional que acompanha a música até o seu
final. E já logo no início destaco os ótimos
e envolventes vocais de Rodrigo Carmo, além do trabalho realizado
pelo baterista Daniel Roviriego. Depois é a vez de Throughts Of A Stranger
e suas linhas instrumentais pesadíssimas, especialmente no bateria e baixo,
já os vocais mais melódicos no refrão e um excelente trabalho de guitarras.
A terceira é Wind Up The Clock - uma suíte dividida em três partes
- e a primeira é 12:12 com linhas leves que ganham peso ao decorrer da música, peso esse
que é controlado pela intensidade da bateria enquanto os vocais mostram força e
muita melodia aliados os bons solos de guitarra. The End Of Street House
exibe andamento forte de guitarra seguido a um excelente peso de bateria
abrindo espaço para os virtuosos solos de Gustavo Carmo e também
para os vocais mais agressivos, e de certa forma, um
pouco apagados. Para encerrar a suíte temos 14:14 e sua ótima melodia
nos violões.
Em DaemAngel, o ponto forte inicial vai
para o trabalho do baixista Fernando Hagihara, que realiza um ótimo solo
( influenciado claramente pelo estilo de Steve Harris ) e é acompanhado pelos
competentes repiques do baterista Daniel Roviriego. Já o guitarrista Gustavo emenda solos cadenciados e
enquanto Rodrigo Carmo canta com ótima presença especialmente no
refrão ( que é bem marcante por sinal e de fácil memorização ).
Com um instrumental mais cadenciado temos Touch The Walls que
evolui para um heavy metal bem envolvente e cheio de repiques nos pratos
da bateria e riffs pesados na guitarra. Touch The Walls marcou
também a primeira participação de Leandro Caçoilo ( Eterna
) cantando junto com Rodrigo Carmo, fato que trouxe ainda mais
personalidade à composição. Depois temos Desperate Mist
e seu ótimo solo inicial bateria, responsável por novamente ditar o
peso tem ainda a adição de solos de guitarras mais tradicionais, que lembram
o
Judas Priest, especialmente pelo duos realizados na guitarra e
na bateria.
Nesta sexta faixa, os vocais agressivos de Rodrigo Carmo recebem a 'ajuda' de Leandro nos backing vocals.
Ruins Of
Memory é uma vibrante incursão da banda na linha mais prog-metal, com
guitarras cavalgantes e vocais agressivos ao fundo criando um clima
pesado, mas de certa forma introspectivo que lembra passagens do Dream
Theater. Talvez a melhor
música do disco seja a canção título, House Of Bones, um 'heavão' de primeira
que começa nos dedilhados, conta com uma vigorosa interpretação de
Rodrigo Carmo nos vocais, andamento
excelente nos solos de guitarra e um refrão de fácil memorização. Quem encerra o disco é a
contagiante Dead Hour And Twelve Minutes More - um heavy mais
melódico com rápidos solos de baixo e bateria aliados à uma presença
marcante do vocalista Rodrigo e grandes evoluções nos solos do
guitarrista Gustavo Carmo. House Of Bones merece ser
conferido sim, pois mesmo sendo um álbum lançado em 2003 pela Die
Hard Records, a qualidade alcançada pela banda na época é superior
a muitas novidades de hoje no mercado do heavy metal. A única pena é que a
banda não encontra-se mais em atividade.
Nota: 9,0.
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Gravadora:
www.diehard.com.br
Por Fernando R. R. Júnior
Janeiro/2010
