Com um início mais cadenciado
Lighted abre Hatecomming deixando a força das guitarras de
Jeff Hita e
Renan Brito serem sentidas de forma mais significativa, bem como também
os agressivos vocais deste último. Depois deste verdadeiro "soco na
cara", o Spreading Hate surpreende o ouvinte com o começo mais viajante
de Hollow Dead, que descamba em um andamento ora mais
cadenciado, ora mais rápido, porém, sempre com os guturais violentos de
Renan Brito; aliás, os solos de guitarras promovem um ótimo momento
desta segunda faixa, que cativarão o ouvinte por suas quebradas mais
melódicas.
Com um ritmo intenso, que fica mais acelerado
no momento em que Renan Brito urra os primeiros versos, Infernal Nightmare passa
aquela ideia de um som destruidor, que deve ser ouvido quando se deseja
quebrar tudo, entretanto, apesar das linhas matadoras que são ideias
para se quebrar muitos pescoços, o quarteto
aplicou solos de guitarras que nos passam muita melodia em meio a muitos
pedais duplos na bateria de Lucas Cassero. Em Cold And Pale somos expostos a
uma grande 'rifflerama' da dupla Renan Brito e Jeff Hita,
além de muitos pedais duplos feitos por Lucas Cassero criando assim, o ambiente para o impetuoso
vocalista soltar seus guturais em um Death Metal excelente. Muito bacana
é quando a dupla deixa suas guitarras fluírem livremente na hora dos
solos.
Após um
momento um tanto que viajante, o Spreading Hate dispara sua potência com
a colérica Infection, que mantém o sólido andamento de vocais
agressivos, guitarras frenéticas, e também, muitos 'triggers' e pedais
duplos durante sua execução. No final, mais um destaque: após os solos de
guitarras, a faixa termina de uma forma mais calma totalmente
inesperada e um pouco melancólica.
Em seguida temos Anesthesia, que exibe alguns dedilhados em
um andamento mais calmo, mais arrastado, quase Doom, que está lotado de versos urrados,
solos melodiosos nas guitarras, alguns trechos mais acelerados e
pesadíssimos, que servem
para deixar esta "balada" ainda mais sombria, ao gosto dos fãs
de Metal Extremo.
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A veloz Rise é a próxima e contém
os ferozes solos de guitarras de Jeff Hita e Renan Brito em uma
linhagem aniquiladora que é ideal para se "bater a cabeça". Suas
vocalizações exprimem versos furiosos que estão muito bem amparados por
inúmeros 'triggers' feitos por Lucas Cassero em sua bateria, que em
certo ponto da música a deixa mais cadenciada e a colocam entre as
melhores do disco. A faixa que intitula o
cd, a Hatecomming, é a seguinte e aqui ouvimos linhas mais melódicas
entre os guturais de Renan Brito em meio a uma enxurrada de pedais
duplos. Interessante também de se salientar são as incansáveis 'baquetadas'
de Lucas Cassero durante os solos de guitarras, que alternam sua
velocidade de forma que exibem muita competência. Para finalizar
Hatecomming, temos Subterranean Palace, faixa onde as guitarras ficam em
maior evidência e passa uma enorme vibração para Renan Brito vocalizar
com muita fúria cada estrofe.
Acredito que se eles forem
mantendo este nível de qualidade nos futuros trabalhos, não só agradarão
fãs de bandas com Amon Amarth, Arch Enemy, Dark
Tranquility e Carcass como também poderão se tornar um grande
se tornar um dos grandes representantes brasileiros do Death Metal
Melódico, mesmo estando apenas com este álbum de estreia nas mãos.
Afinal, a importante participação no Roça In Roll de 2012,
onde chegaram na reta final e as aberturas para nomes como
Claustrofobia, Nervochaos e Baranga, não foram por
acaso, então, olhos e ouvidos nas nove canções ( que exibem trechos
voltados para o Heavy Metal ) deste Hatecomming do
Spreading Hate.
Nota: 9,0.
Site:
https://www.facebook.com/SpreadingHate
e
http://www.reverbnation.com/spreadinghate.
Por Fernando R. R. Júnior
Julho/2014
