Queiron - Endless Potential Of a Renegade Vanguard
9 Faixas - Heavy Metal Rock - 2018

    O Queiron se tornou um dos principais nomes do cenário extremo Black/Death Metal Brasileiro e a banda que teve origem em 1994 na cidade de Capivari/SP, cravou sua bandeira buscando seu lugar ao lançar o demo Crossed That Migrate To Hell em 1996. De lá para cá foram mais quatro álbuns, três EP's, um split com o Mental Horror, shows com Belphegor, Decapited, Marduk, Hate Eternal, Cannibal Corpse, Master, Obituary entre outros.

    O quarteto então formado por Marcelo Daemoniipest Grouls ( guitarra e vocais ), Luciano Fernandes ( guitarra ), Luís Hellthorn ( baixo ) e Oscar M. Vision ( bateria ) disponibilizou o opus Endless Potential Of a Renegade Vanguard em 2018, o quinto da carreira que foi disponibilizado cinco anos após a pedrada anterior Sodomiticvm Per Conclave e que foi gravado no Estúdio RG Produções entre janeiro a maio deste mesmo ano com Guilherme Malosso e Ricardo Biancarelli em Americana/SP.

    Seu processo de mixagem foi realizado no mesmo estúdio RG Produções junto a Guilherme Malosso e sua masterização é de Neto Grous no Absolute Master em Capivari/SP. Na capa temos uma horrenda criatura em um cenário infernal que foi desenhada por Alcides Burn da Burn Artworks.

    O disco é aberto com dedilhados calmos que pouco depois dão lugar ao peso de guitarras devidamente executado através de solos orientados ao Heavy Metal, além de muitas pancadas certeiras do baterista Oscar M. Vision, sendo que ambos se ligam nas falas de obscuras Imperia Caedes, que trazem a poderosa Petis Pain, onde percebemos o Death Metal latente e vigoroso do Queiron explodir de vez aos urros de Marcelo Daemoniipest Grous tornando a composição totalmente violenta e destinada a criar rodas, muitos socos no ar e quebras de pescoço em uma exibição matadora do quarteto, isso é realizado com solos robustos nas guitarras, bateria incansável e baixo seco. A avassaladora Denial Upon The Heavenly Scorn chega com uma frenética linhagem de guitarras, baixo e bateria ficando mais intensos aos vocais urrados que são dotados de uma imensa agressividade, entretanto, o Queiron soube dosar peso, velocidade e solos mais Heavy Metal com habilidade elevando a qualidade desta bastante técnica composição.

    A instrumental Iussu Caelest Negabunt aparece aos dedilhados tocados pelo baixista Luís Hellthorn com um certo toque sombrio que servem de introdução para a avalanche contida em Misleading Mission, que os fãs do Krisiun invariavelmente gostarão de imediato pela sua pegada Death Metal consideravelmente esmagadora do Queiron que não para por nada, ou seja, é porrada certeira o tempo todo através de brutais vocais urrados, bateria destruidora e solos devidamente fortificados nas guitarras. Para King Of Damned Proclamation, o quarteto apresenta uma canção cadenciada de linhagem simplesmente matadora e ferozes urros, cujo andamento instrumental cresce e vem dilacerando em seus versos dotados de uma fúria descomunal, que só tem ordem de encerrar sua impetuosidade no seu final. E antes de seguir devo salientar as variações tocadas pelo baterista Oscar M. Vision durante os exuberantes solos de guitarras, que são um destaque à parte.

    Depois de sobrevivermos a este fabuloso massacre sonoro ouvido na anterior, o Queiron nos coloca diante de Unholy Perverse Rapture, que também é deveras devastadora conforme o esperado com seus urros insanos e uma linhagem instrumental novamente aniquiladora, que são devidamente ao agrado dos fãs de Death Metal, e afirmo aqui: como o Queiron sabe aumentar com precisão seu infindável caos sonoro e capturar o ouvinte, que quando se percebe você já está sacudindo o pescoço.

     Na oitava e penúltima, o quarteto envia a aniquilação incrustada em Tombs I Desecrate sempre com velocidade e cólera bestiais a cada verso e riffs que servem para detonar para valer em um padrão violento para os fãs de nomes extremos não encontrarem defeito e ficarem de queixo caído ante ao extermínio sonoro que é submetido, sendo que recomendo olhos e ouvidos atentos aos solos de guitarras e aos 'blast beats' na bateria.

    A última deste disco simplesmente dizimador é a sua canção título, a Endless Potential Of a Renegade Vanguard com um andamento cadenciado e muito fortificado por seus proeminentes solos de guitarras, que dão sustentação aos urros do vocalista Marcelo Daemoniipest Grouls. Vale mencionar que o baterista Oscar M. Vision atua com uma exatidão incrível em todas as faixas e não deixa uma peça de seu kit sem socá-la com todo ódio que lhe é possível.

    O caos impetrado pelo Queiron com eficazes passagens Heavy Metal, muita violência em seus vocais e letras credenciam este Endless Potential Of a Renegade Vanguard a um dos melhores álbuns de sua carreira, a um dos melhores do cenário extremo brasileiro e por fim, um álbum para brigar igual para igual com nomes internacionais. Então meu caro leitor(a) do Rock On Stage que é admirador(a) dos mais ferozes nomes do Metal Extremo... não pense duas vezes ao incluir este formidável álbum em sua coleção.
Nota: 10,0.

Por Fernando R. R. Júnior
Setembro/2020

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