NoWay - Rise Of Insanity
10 Faixas - Eternal Hatred Records - 2013

    O NoWay é uma banda criada Osasco/SP no ano de 2004 e após dois anos, o projeto começou a ganhar forma mas sofreu com instabilidades em seu line up, que se solidificou até 2008, época que a banda começou a preparar seu primeiro EP, com o título de Leading Way To Suicide, que foi lançado em 2012. Neste período até a gravação do EP eles participaram do 4º Manifesto Rock Fest em ocorrido em 2009 e no I Festival de Bandas Independentes de Osasco em 2010, terminando como campeões, além de vencerem o 8º Manifesto Rock Fest de 2011 e realizarem shows ao lado de grandes nomes brasileiros como o Krisiun, Matanza, Velhas Virgens, Nervosa e Ratos de Porão no Osasco Rock Fest de 2013 ( confira como foi ), onde se apresentaram para um público em torno de 15.000 pessoas.

   Em 2013 estiveram na seletiva para participarem do Monsters Of Rock ( mas desta vez não venceram ) e posteriormente começaram os processos de gravação de seu primeiro cd - cujo título é Rise Of Insanity - aconteceram no Acústica Studios em São Caetano/SP com produção de Danilo Pozzani. A mixagem e masterização assinada por Tito Falaschi no Do It! Studios em São Paulo e a capa que mostra uma cenário destruído é de João Duarte da J. Duarte Design. A formação atual do NoWay é a seguinte: Diana Arnos nos vocais, Rodrigo Alves na guitarra, Felipe Ribeiro ( Cabeça ) no baixo e Daniel Bianchi na bateria.

   March Throught The Fire abre o Thrash/Death Metal do NoWay em um ritmo mais cadenciado com os vocais guturais de Diana Arnos no melhor estilo de Angela Gosslom nos seus tempos de Arch Enemy. E o NoWay exibe também solos melodiosos de guitarra em meio à uma base de baixo e bateria ( cheia de ótimos repiques ), que vão elevando sua potência até o andamento inicial cadenciado voltar. Com um pouco de distorção Praying With Bullets vai aumentando sua intensidade novamente em um ritmo mais cadenciado, com os vocais agressivos de Diana Arnos, que vão ligando quem ouve o som, mas o interessante é quando eles aumentam o peso guiando o ritmo pelos solos de guitarra feitos por Rodrigo Alves e aí a vocalista canta de forma bastante agressiva e envolvente.

    Em We Will Take You Down, o NoWay apresenta uma linha mais direta com riffs que se orientam em um Rock´n´Roll pesado e vocais inspirados em Motörhead, que te conquistam rapidamente. Repare nos surpreendentes dedilhados que acalmam a música e trazem longos e melódicos solos de Rodrigo Alves em sua guitarra, que seguem até eles inteligentemente retornarem à energia inicial. Como é bom ouvir um álbum onde a guitarra comanda e direciona os caminhos do som, pois a cadenciada Leading Way To Suicide nos mostras os vocais irados da jovem beldade do NoWay mais uma vez e toda a competente base da cozinha de Felipe Ribeiro ( Cabeça ) no baixo e Daniel Bianchi na bateria, além é claro, de muitos solos de guitarra feitos com todo o primor por Rodrigo Alves, que fazem desta uma baita sonzeira do cd.

    Com toques rápidos feitos pelo baixista Felipe Ribeiro ( Cabeça ) , que dão lugar aos ótimos solos de guitarra presentes em Collateral Murder, que prosseguem Rise Of Insanity com a pegada cadenciada de vocais agressivos imposta pelo quarteto. E o que parecia no princípio desta faixa fica mais claro na hora dos solos de guitarra: a base com repiques na bateria e toques rápidos de baixo denotam influências claras de Iron Maiden, especialmente pelos solos de guitarra a que somos expostos em seguida.

     Armies Of The Night marca a sexta do cd e exibe seu fortificado andamento cadenciado que envolve e agrada o ouvinte pela atuação revoltada da vocalista ao cantar seus versos. Inclusive o seu refrão é ótimo para bater a cabeça e cantar com ela. Certamente, será uma faixa que funcionará muito bem ao vivo pelo riff certeiro e que vai ficando cada vez mais pesado.

    Com uma linha mais sombria no baixo durante os seus primeiros riffs de guitarra, Power And Prejudice caminha novamente de forma mais cadenciada com vocais 'nervosos' de Diana Arnos destilando sua cólera ao cantar nesta faixa, que vai ficando melhor à maneira que seus minutos passam, pois ganha em velocidade e solos mais melodiosos na guitarra. Gates Of Hell crava uma ótima evolução instrumental inicial, que envolve o ouvinte e faz este querer que logo os vocais raivosos de Diana Arnos venham para satisfazer seu desejo de berrar alguns trechos com ela. E o NoWay soube aplicar variações no ritmo que ora são mais cadenciados, ora são mais raivosos, mas sempre com a guitarra em evidência e com uma base de baixo e bateria fervorosa, deixando a canção ainda melhor.

    Depois é a vez Let The Blood Run, que mantém a pegada cadenciada e sinistra, porém, agora com muitos repiques de bateria de Danilo Bianchi e solos de Rodrigo Alves em sua guitarra que deixam a vocalista expressar sua cólera em cada verso e produzir uma vontade de banguear com ela.

    Com um solo pulsante de bateria e longos riffs melodiosos de guitarra, Russian Roulette vem com sua linha cadenciada e de vocais agressivos marcar o encerramento deste ótimo Rise Of Insanity, que após os versos serem cantados com destreza por Diana Arnos conta com uma sequencia de solos de guitarra, que enaltecem mais a qualidade de seu Heavy Metal.

   Rise Of Insanity traz a tona o álbum de estreia de uma banda brasileira que segue os moldes do Arch Enemy, que demonstrou muita muita coesão e habilidade em cada uma das dez faixas e tem tudo para crescer ainda mais cenário, pois eles souberam aplicar solos de guitarra constantemente e na hora certa, envolver com boas bases de bateria e baixo, além é claro dos vocais, sempre com muito ódio. O NoWay estreou muito bem e não foi por acaso que teve seu trabalho lançado pela Eternal Hatred Records, ou seja, mais um 'discão' brasileiro.
Nota: 9,5.

Sites: http://www.nowayband.com/, http://www.facebook.com/brnoway
e
http://www.reverbnation.com/brnoway.

Por Fernando R. R. Júnior
Fevereiro/2015

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