Barril de Pólvora - Catástrofe
8 Faixas - Independente - 2022

    A banda de Hard Rock/Heavy Metal mineira da capital Belo Horizonte, que é conhecida como Barril de Pólvora preparou um sucessor à altura de seu empolgante autointitulado primeiro álbum ( leia resenha ) com este novo Catástrofe, que possui oito novas composições e assim como o anterior são todas em português. A produção é de Rogrigo Garcia e as suas gravações foram realizadas por Mateus Mendes no MM's Estúdio, enquanto que os seus processos de mixagem e masterização ficaram aos cuidados de André Cabelo Chakal ) no Engenho Estúdio e Multimídia.

    Na capa temos uma caveira de terno surrado eclodindo e destruindo os prédios de uma grande cidade provocando assim uma grande catástrofe. Todavia, podemos questionar nesse desenho feito por Vinicius de Souza da Vigon Artes se os responsáveis por essa aniquilação não somos nós mesmos... os seres humanos. A partir das linhas abaixo vamos aprofundar em mais detalhes do que Flávio Drager nos vocais, Emerson Martins na guitarra, Saulo Santos no baixo e Alexis Bomfim na bateria fizeram em Catástrofe.

    O álbum abre com garra e potência com o Rockão contido em Mente da Libertação, que apresenta uma música vibrante e de aura oitentista no que o melhor do Heavy Rock Brasileiro é capaz de produzir através de linhas instrumentais bem feitas e bem gravadas capturando junto dos vocais ( que trazem uma ótima letra ) o ouvinte com facilidade fazendo-o desejar realizar um headbanging. Com dedilhados que trazem emoção e que chamam os solos de guitarra temos a cadenciada faixa título Catástrofe narrando basicamente em sua letra o que estamos assistindo inertes acontecer em nosso planeta. Opa.. inertes não... somos os principais responsáveis por essa anunciada tragédia. Destaco também em Catástrofe os exuberantes solos de guitarra Emerson Martins antes de seu refrão ser repetido uma última vez por Flávio Drager.

    Pesada, rápida e agressiva... assim posso definir a próxima, que recebeu o título de Insano, que é um Heavy Metal inflamável de um estilo instrumental que literalmente vem para cima do ouvinte e envolvendo-o imediatamente, onde a banda soube aplicar variações corretas em seu decorrer através de vocalizações bastante encorpadas. A quarta de Catástrofe é a Guerreiros Noturnos e temos aqui um Heavy Metal direto padrão anos 80 bastante pulsante, cuja letra de certa forma é sobre a nossa busca por Heavy Metal quando saímos à noite. E além dos ótimos vocais de Flávio Drager atente-se para as impactantes evoluções da trinca de baixo, guitarra e bateria, que certamente farão esta música funcionar muito bem ao vivo. Aliás, tente ouvi-la inteira e não sair berrando seu refrão com o vocalista já logo em sua primeira audição.

    Para A Sorte da Morte, o quarteto soa mais raivoso em um Heavy de pitadas de Thrash ( a la Megadeth ) aumentando a eletricidade da composição com Flávio Drager vocalizando seus versos com uma fúria simplesmente contagiante. Passeando pelo Blues, os mineiros apresentaram agora Para o Mundo Não Parar de Girar, a minha favorita no cd, que por se tratar de uma canção robusta e sarcástica, a imagem do Baranga vem à mente. Vale dizer que o Barril de Pólvora acertou de novo nesta outra sonzeira deste álbum Catástrofe harmonizada com riffs de guitarra feito por Emerson Martins que serão cravados na mente.

   Próximo do final somos expostos à cadenciada Paranoia, que é possuidora de um crescente em seu ritmo bastante cativante e os seus vocais nos conectam fortemente à canção, seja por conta de seus solos de guitarra, que estão devidamente alicerçados por uma base intensa de baixo e bateria conquistando desta maneira os fãs de uma música robusta e que foi muito bem construída pela banda. Encerrando este ótimo Catástrofe nada melhor que um Heavy Metal sólido, variado em seu andamento e que é vocalizado com a devida ira por Flávio Drager como ficou explícito nas linhas de Fúria.

    Nem todas as catástrofes são ruins, esta em especial é indicada para os fãs da MPB ( ou Música Pesada Brasileira ) confirmando que o Heavy Metal em nossa língua de nomes como Carro Bomba, Baranga, Salário Mínimo e Comando Nuclear vai muito bem e não deixará nenhum de seus fãs órfãos e assim, caro leitor(a) do Rock On Stage, pode incluir este álbum Catástrofe do Barril de Pólvora em sua discografia sem medo.
Nota: 9,0.

Por Fernando R. R. Júnior
Janeiro/2024

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